Análise sintática e gramatical do sujeito

Pois é, tem muuuuito tempo que eu não escrevo. Então, antes de entrar em qualquer espiral de pensamento, peço desculpas aos meus (três únicos) fãs pela minha ausência. Assim como vocês, eu também sinto falta dos meus textos.

Alguma moça, em alguma palestra, disse que somente escritores que tiveram uma infância ruim serão bem sucedidos. Claro que, depois dessa fala, só consegui pensar nos piores momentos da minha infância, como se eles, de alguma forma, pudessem me dar alguma inspiração para escrever um texto super profundo e reflexivo.

Mas, sinceramente… Minha infância foi incrível! Eu andei de camelo, fui pro show de Justin Bieber com uma amiga, conheci a Galeria do Rock, passei verões e verões na casa da minha avó em frente à praia... Durante muito tempo, porém, quando fazia uma retrospectiva da minha vida, sentia como se todas essas memórias boas tivessem sido esquecidas e eu só pensasse nos perrengues, nas brigas e nas perdas. Essas eram as minhas inspirações, porque, assim como aquela moça da palestra, eu achei que aqueles momentos ruins eram os que nos definiam.

Hoje, já não penso mais assim. É verdade... passar por situações de crise nos fortalecem, trazem reflexões e são importantes para o crescimento pessoal. No entanto, não são apenas elas que definirão quem eu sou. Na verdade, não há fórmula para se autodefinir. Você é quem você é: Passado, presente ou futuro; ou, até mesmo, todos os tempos verbais. Para mim, é como se eles meio que montassem um quebra-cabeça, em que as peças são pedaços da nossa história, incluindo os momentos bons e ruins.

Então, é… Eu não sou só uma pessoa que perdeu alguém que ama, que chorava depois da escola porque não tinha muitos amigos ou que nunca viu as luzes de Paris. Eu sou alguém que já teve a sorte de ser amada com muito carinho por uma pessoa maravilhosa, que hoje tem amigos incríveis e que ainda vai conhecer Paris.

Veja... é uma questão de perspectiva gramatical e sintática. Tudo isso estará no meu quebra-cabeça: o pretérito não-tão-imperfeito, presente imperfeito-e-perfeito e futuro quase-perfeito.