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dudesiuffo

Depois da saudade

Acabei de falar por facetime com meus amigos. Disse a mim mesma e a eles que estava bem, mas, ao final da ligação, meu sorriso foi embora e senti uma melancolia chegando.


Estou com saudades. De beijar, abraçar, tocar. Saudades de marcar para sair - mas às vezes furar em cima da hora -, de passar horas tostando na praia, só para ficar com uma marquinha estilosa – porém, nem sempre entrar no mar porque a maré estava muito forte -, de sentir o corpo doer depois de um longo ensaio...


É tão estranho isso, né? Lembro que, antes, sempre desejava que a vida fosse capaz de meio que dar uma pausa, só para que eu pudesse respirar um pouco, planejar-me melhor para o que quer que viesse a acontecer. Sentia-me cansada demais, atarefada demais, sonhadora demais... Agora sinto falta da rotina corrida. Da escassez de temppo. Entediei-me com o excesso dele. Faria de tudo só para ter minha agenda novamente lotada de estudos, ensaios, saídas ou qualquer outra coisa que preencha as horas vazias olhando para o teto.


Não podemos, entretanto, ver apenas o lado ruim da saudade. Senti-la significa que vivemos momentos inesquecíveis, especiais demais para serem esquecidos. Tê-la é provar a nós mesmos que nosso passado teve lembranças boas. Então, pensando bem, não deveria estar melancólica. Deveria estar feliz. Tenho que estar feliz. Feliz por ter vivido tão intensamente certos dias, a ponto de querê-los de volta. Por ter não ter furado todas as saídas e ter me divertido, por ter me arriscado em algumas marés altas e por ter dançado até meu corpo doer.


Eu não sei o que vai acontecer amanhã, nem depois. Mas, sim, eu sei que terá um amanhã, e, quando ele chegar, definitivamente não o deixarei para amanhã.

PS: gente, tô com muita saudade de vocês, desculpa se esqueci alguém. Espero que essa quarentena acabe. Logo.

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