Já é 2021!!
Eu sei, eu sei... Estou um pouco atrasada para fazer uma retrospectiva de 2020 e estabelecer minhas metas para esse ano que chegou, mas, antes tarde do que nunca, né?
Cá estou e… Uau!!! Um ano inteiro se passou e parece que ele nem aconteceu. Na verdade, parece sim que aconteceu, porém, não da forma que eu queria. Em janeiro de 2020, eu fiz planos, estabeleci pseudometas (as quais já sabia que não iria cumprir) e fiz até promessas, ao pular as 7 ondinhas no réveillon!
No entanto, março mudou tudo. Tudo mesmo. Lá para maio, eu já não era mais a mesma pessoa do início do ano. Em Julho, as coisas mudaram para melhor e para pior. Quando setembro chegou, houve momentos em que eu nem me reconheci (no bom e no mau sentido). Em Novembro, tive várias epifanias.
No natal, entretanto, minha mãe me disse uma frase que se encaixou, perfeitamente, em tudo que senti durante o ano. Ela me contou que existem dois sentidos para o substantivo “esperança” (ah, não foi ela que disse isso, foi Paulo Freire, ela só o estava citando): Esperança pode vir do verbo “esperar”, que não significa esperança mesmo, mas espera. Já o outro sentido vem do verbo "esperançar'', o qual, segundo Paulo Freire, é “se levantar, ir atrás, construir, não desistir. Esperançar é levar adiante e juntar-se com outros para fazer de outro modo”. E, nesse momento, dei-me conta de que era hora de mudar o verbo.
Na noite de natal, então, fui dormir com isso na cabeça, porque, sinceramente, essa frase é muito forte! Assim, durante a madrugada, percebi que um ano inteiro havia se passado bem na minha frente e a única coisa que eu fiz foi ter esperança... do verbo esperar!
Não que eu tenha passado dias deitada na cama esperando o dia passar (embora em alguns meses, eu realmente fiz isso). Acredito, porém, que eu, simplesmente, acomodei-me com a situação. Parece que relaxei diante do discurso bobo de “o futuro está muito incerto com essa pandemia, para você fazer grandes planos” e parei de me importar com a passagem do tempo.
Acontece que… já é 2021! O número mudou e, junto com ele, talvez seja hora de eu, também, fazer algumas mudanças. Talvez seja a hora de esperançar, em vez de esperar.
Ainda nem terminamos janeiro, mas, desde dezembro, já sinto que estou “me levantando, indo atrás e construindo”. Descobri duas novas paixões e pretendo transformá-las em amor (ah, sim, existe uma diferença drástica), tenho tentado perder alguns medos e estou até me juntando “com outros para fazer de outro modo”.
Finalmente, tenho esperança... Do verbo esperançar!
PS: feliz revey on e um obrigada especial aos meus fãs originais por lerem esses textos medianos e gostarem. @K, poderia passar o dia falando o quanto você me inspira; @M, não tenho palavras para você e para o quanto me orgulho do que contruimos juntas; @P, Haydée não seria Haydée se não fosse pela primeira carta de fã que recebi; e @L, ainda não acredito que você me encontrou depois de tanto tempo!
Foi um ano de muitas incertezas,medos e angústias... o nosso melhor de 2019, por exemplo,nem de longe foi o nosso melhor desse ano que passou. Um momento muito estressante por conta de toda a situação ou do excesso de emoções e informações. Um ano de muita solidão... E tudo isso afeta demais e diretamente nossa vontade e energia do dia a dia. Mas, mesmo assim, é importante acordar e vencer um pouco todos os dias com as forças que temos. Me identifiquei e amei demais o que você escreveu pq é a realidade de inúmeras pessoas e a minha tbm... Orgulho demaissss de ser seu Fã e ter te encontrado depois de tanto tempo😁
Mary, sou e sempre vou ser sua fã em tudo! <3