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dudesiuffo

Terapia sonora

Atualizado: 11 de abr. de 2024

Nessa semana, ouvi que você me amava. 

Não foi, porém, através das palavras que escutei o seu amor.

Foi, antes de tudo, no barulho do vento, a caminho da nossa primeira aventura juntos, enquanto o sal marinho rasgava nossa pele e ali, encontramos conforto no abraço do outro. 

Na cacofonia das ruas, quando o toque da sua mão se fez silêncio e de repente éramos só nós dois andando pelas vielas. 

Também escutei que me amava na nossa risada trocada diante das peripécias de Ieleda , no som das ondas do mar enquanto fugíamos da maré alta, da brisa leve que beijava nosso rosto, dos cantos dos pássaros anunciando o pôr do sol.

Foi ao susto de Oasis durante uma madrugada mal dormida… 

Já havia percebido a presença do seu amor desde o início, tecido sutilmente nas experiências mais simples e cotidianas da nossa viagem. Não eram apenas passagens do dia a dia, mas sim verdadeiras declarações de amor, que, embora não ditas, foram profundamente sentidas.

Por fim, foi no escuro do quarto, ao som do ar condicionado - que havia prometido não fazer barulho - e da chuva torrencial que caía no lado de fora, debaixo das cobertas, abraçados para se aquecer do frio e prestes a fechar os olhos para aproveitar o dia seguinte.

As palavras chegaram aos meus ouvidos depois que o sentimento já tinha se instaurado no meu coração e escutar a sua promessa foi como ter finalizado um quebra-cabeças de 5.000 peças. Finalmente, encaixava a última peça de nós dois e pude admirar a imagem completa que se revelava: uma obra-prima em formato de amor. 

Por isso, não hesitei quando disse “eu também te amo.”



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